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“De repente, antes dos trinta envelhecemos. Para a poeta, é na distância que certas medidas nos encurtam de nós. Sua poesia, madura já em sua estreia, mostra-nos o quanto são sofisticados os sentimentos singelos.”

João Anzanello Carrascoza
na orelha do livro
o livro

na esquina do caos

reúne poemas da autora que retratam a travessia dos “20 aos 30”. Sair de casa para morar sozinha abre o mundo de poesia - mas também de solidão, e de tudo o mais que ela desvela. Dividido em partes mais ou menos iguais, mas com pesos diferentes, “na esquina do caos” é a iminência de uma grande lição: crescer. Todos os dias. Os capítulos compõem a jornada: 'porque todo início é uma curva', 'que eu só respiro em mar aberto', 'das lições que nunca chegam', 'por mais silêncios como este'.

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eu escrevo porque não sei cantar/ não sei pintar nem dançar tão bem/ e não sei esculpir o mundo sem você/ sem você ter que ler cada linha/ cada linha da minha alma

escrever é pegar no lápis e ir seguindo/ como a primeira vez que a gente andou de bicicleta/ como a primeira vez que a gente caiu e a única certeza era o chão/ mas de algum modo estranho também o céu

e foi tentando ver o mar/ entre as araras de biquíni/ de infinitos tons e cores/ que entendi o horizonte/ perfeitamente reto/ estranhamente torto/ como a vida

a autora

carolina drago

nasceu em Santa Maria/RS, em 1989, e desde 2008 mora no Rio de Janeiro/RJ. Escreve, definitivamente, porque não sabe nem pintar nem dançar – mas também por ter certa paciência com as palavras. Fez jornalismo, é casada com o Ricardo, tem uma empresa de marketing digital, dois blogs, um pug (!) e dá consultoria a novos autores. “na esquina do caos” é seu primeiro livro de poesias.

fale comigo

bastidores d’a esquina

amigos e leitores que me perguntam quem fez a capa, quando e como “na esquina” se virou no livro e otras cositas más: respondi tudo pra vocês

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capa
quem fez a capa foi o rodrigo sommer, da patuá. as janelas de fundo são – ou foram – literalmente minha paisagem (uma das), durante anos e anos, desde quando o “caos” era só uma semente. a referência é de uma foto que tirei na faculdade, do reflexo do prédio (vizinho?) numa poça d’água
astronauta que fora
o colofão – trecho final e marca da patuá, quase um poema na última página do livro – é sobre a astronauta que não fui, mas fui, e todos os sonhos que escrever me fez realizar: “nas estrelas leu a solidão/ mas também encontrou a chave/ e escreveu, escreveu, escreveu (   )”
primeiros versos
“na esquina do caos” nasceu quando me mudei para o rio de janeiro, aos 19, pra fazer faculdade. quando meu mini-ap ficou imenso demais, e meus sonhos, então imensos, de repente pequenos. escrever foi terapia, vício, sobrevivência. durante quase 10 anos o livro foi se escrevendo sozinho, mas na gaveta. então percebi que todos aqueles versos poderiam fazer sentido pra além de mim
eu
sou jornalista, agora escritora (!), e com passagem pelo (s bastidores do) mercado editorial. li tantos livros e conheci tanta gente que não poderia ser mais grata. nesse meio tempo, contei a história do tião (do lixão ao oscar, leya, 2014), li e reli o mundo, me reescrevi. hoje sou sócia da 7mídias, sobre marketing digital, sobre um jeito novo de contar as mesmas histórias. não me canso de escrever, afinal