na esquina do caos

na esquina do caos reúne poemas da autora que retratam a travessia dos “20 aos 30”. Sair de casa para morar sozinha abre o mundo de poesia – mas também de solidão, e de tudo o mais que ela desvela. Dividido em partes mais ou menos iguais, mas com pesos diferentes, “na esquina do caos” é a iminência de uma grande lição: crescer. Todos os dias. Os capítulos compõem a jornada: ‘porque todo início é uma curva’, ‘que eu só respiro em mar aberto’, ‘das lições que nunca chegam’, ‘por mais silêncios como este’.

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João Carrascoza, na orelha do livro

O caos precede a criação. E o caos tem esquinas, praias, túneis e outras existências que a poesia de Carolina Drago nos revela. Escrever é ordenar com palavras o que está fora do lugar, e, que, às vezes, é o nosso próprio lugar no mundo, no coração de alguém ou do tempo que nos atravessa como flecha. De repente, antes dos trinta envelhecemos. Tememos conhecer quem nos aguarda do outro lado da ponte. Para a poeta, é na distância que certas medidas nos encurtam de nós. Sua poesia, madura já em sua estreia, mostra-nos o quanto são sofisticados os sentimentos singelos. Seus achados se espalham pelas quatro partes do livro – divisas de um mesmo eu, sonhador e memorioso. Carolina Drago nos ensina que o destino de toda dor é passar. E que criamos a força (poética) a partir do caos que a gerou.